Yamaha Ténéré 250, a aventureira acessível
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Yamaha Ténéré 250, a aventureira acessível

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 25/11/2015
  • Por: jmesquita

<p>Na cidade, na estrada e na terra, avaliamos — e nos divertimos — com a renovada Ténéré 250, <u><strong><a href="http://www.motorpress.com.br/moto/especiais/especiais/motos-bmw-e-yamaha-as-preferidas-no-moto-de-ouro/"><span style="color:#FF0000;">vencedora do Moto de Ouro 2016</span></a></strong></u> na categoria Trail.<br />
<br />
Veja como ela se saiu!</p>

<p><img alt="Yamaha Ténéré 250. Mudanças sutis, mas, com grande resultado" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_2_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>L<span style="line-height: 1.6em;">ançada em 2010, a trail XT 250Z Ténéré ganhou melhorias no modelo 2016, apresentado em maio. Demorou, mas, a Yamaha disponibilizou uma unidade para uma avaliação  completa e nós vamos esclarecer tudo sobre o renovado modelo neste teste!</span></p>

<p>O que mudou?</p>

<p><strong>1)</strong> A nova traseira, com forte inspiração na Super Ténéré, que ficou ótima;</p>

<p><strong>2)</strong> O painel, que é todo digital, traz o útil indicador ECO, mas vai deixar muitos com saudade do conta-giros analógico;</p>

<p><strong>3)</strong> O motor agora é flex e funciona como um relógio suíço nos dois combustíveis;</p>

<p><strong>4)</strong> O amortecedor traseiro, que ganhou fácil ajuste da pré-carga;</p>

<p><strong>5)</strong> O freio dianteiro, que ganhou nova pinça e pastillhas, para aumentar o poder de frenagem;</p>

<p><strong>6)</strong> O grafismo, que está disponível em três opções. Tem um inédito, nas cores branca ou marrom,  que repete o nome Ténéré em dois lugares; um de 2014 na cor azul um de 2015, na cor cinza;</p>

<p><strong>7) </strong>Não é mais possível desligar o farol, para poupar carga da bateria na partida, pois a chave que desligava ele foi removida, para atender a legislação de segurança.</p>

<p><img alt="O novo painel é digital, com mais informações e conta-giros em barra" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_7_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Literalmente estreamos a unidade avaliada, pois recebemos ela com apenas seis quilômetros no odômetro total. No motor, sistema flex e  melhorias na injeção eletrônica, que ganhou novo sensor híbrido, além disso, uma válvula foi adicionada para captar os gases que são formados no tanque e injetar no corpo de aceleração, se adequando a fase 2 do Promot 4.</p>

<p>Nos primeiros quilômetros, notamos a ação do indicador ECO, que lê a rotação do motor, a velocidade da moto e a posição da borboleta de aceleração, para assimilar qual é a carga (ou exigência) do motor. A lâmpada acende quando a solicitação de carga é baixa.</p>

<p>A suspensão traseira estava muito macia, mas como o novo amortecedor é fácil de ser ajustado, bastou parar, pegar a chave de ajuste no jogo de ferramentas, soltar a proteção de plástico entre a roda traseira e o amortecedor (pressione o centro dos pinos plásticos pretos que seguram a borracha na balança da moto, que a borracha estará solta).</p>

<p><img alt="O amortecedor traseiro é novo e tem ajuste de pré-carga mais fácil de ser realizado" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_8_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Para ajustar, basta entender que na posição mais baixa da porca castelo, a pré-carga está menor, e na posição mais alta, a pré-carga está maior,  que deixa a suspensão mais dura, fazendo com que a moto se mantenha mais estável, principalmente em curvas e com passageiro.</p>

<p>Se você leva passageiro, muita bagagem ou anda muito mais no asfalto, ande com a pré-carga no máximo — lembrando que a capacidade máxima de carga é de 160 kg. Quando for para um passeio no fora de estrada, pare quando acabar o asfalto, e deixe a pré-carga menor, para uma melhor pilotagem nesta condição.</p>

<p>Faça alguns testes, para encontrar o melhor ajuste para sua forma de pilotar e seja feliz.</p>

<p><img alt="No asfalto, enfrenta as irregularidades que encontrar pelo caminho, com conforto e estabilidade" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_6_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Na cidade, a Ténéré 250 mostra como é ágil e equilibrada. As suspensões conseguem dar conta de manter o condutor confortável, mesmo nas mais esburacadas vias. A mudança de direção é fácil e rápida. Os freios estão sob medida e o bom grip do pneu Metezeler Tourance (que já é usado na Ténéré 250 desde 2014) ajuda a parar com segurança.</p>

<p>O motor funciona com precisão, sem engasgos, e fica mais “esperto” com etanol. A diferença no consumo foi de 27% a favor da gasolina. Mas, no bolso, com base em São Paulo, se voce rodasse 20 000 km por ano, sempre com etanol, sem alteração no preço dos combustíveis, economizaria R$ 375.</p>

<p>Economia suficiente para quitar as despesas com (o abusivo) seguro obrigatório (DPVAT) e o licenciamento da moto.</p>

<p><img alt="Na parte frontal da Ténéré 250, tudo igual. O para-brisa poderia ser maior…" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_5_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Na estrada, o desempenho do motor permite rodar dentro dos limites de velocidade (120 km/h) sem problemas, mas o ruído do motor começa a incomodar. Diferente de outros modelos, o ruído não é sinal de que o motor está no limite, e sim efeito colateral da aplicação cerâmica no pistão — que visa aumentar a durabilidade.</p>

<p>Rodando 100 km sem parar, nota-se que o assento não é totalmente confortável, como é nas curtas distâncias dentro da cidade (considerações de um piloto de 90 kg, lembrando que se for mais leve, não deverá sentir incomodo).</p>

<p>Em alta velocidade, acima de 100 km/h, o pneu 80/90 na dianteira gera uma sensação de instabilidade que incomoda, principalmente em trechos de planície onde o vento lateral aumenta o incomodo.</p>

<p><img alt="Equilibrada e fácil de ser pilotada, a Ténéré 250 supreende pelo comportamento, independente do piso" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_3_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>A solução é trocar a medida do pneu dianteiro para 90/90. Outro detalhe é a falta de uma sexta marcha, ou de uma quinta alongada, para permitir que o motor trabalhe em menores rotações.</p>

<p>Na terra, a moto continua funcional e ágil, os pneus funcionam bem, o freio traseiro não trava facilmente e o desempenho do motor é suficiente para empolgar. Como é leve, não cansa tanto quando uma Super Ténéré. Como dizem, às vezes, menos é mais.</p>

<p><strong>Acessórios</strong></p>

<p>Quer complementar a XT 250Z Ténéré com acessórios? Protetores de mão, parabrisa maior, retrovisores retráteis (da Ténéré 660) para não precisar tirá-los no fora de estrada, protetor de motor e carenagens laterais e um assento mais confortável estão entre os itens que vale a pena investir, principalmente, se você é daqueles que usa e abusa da moto…</p>

<p><strong>No dinamômetro</strong></p>

<p><img alt="Gráfico da avaliação da Ténéré 250 2016 no dinamômetro" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_tenere_250_2016_10_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>No dinamômetro, as impressões obtidas pilotando a moto nos dois combustíveis foi confirmada. No etanol, ela responde melhor!</p>

<p><strong>Com 100% gasolina (gráfico vermelho):</strong><br />
Potência: 17,3 cv a 7 310 rpm<br />
Torque: 1,79 kgf.m a 6 210 rpm</p>

<p><strong>Com 100% etanol (gráfico verde):</strong><br />
Potência: 17, 94 cv a 7 730 rpm<br />
Torque: 1,82 kgf.m a 6 520 rpm</p>

<p>Potência específica: 72 cv/l<br />
Relação peso/potência: 8,6 kg/cv<br />
Consumo médio gasolina: 29 km/l<br />
Consumo médio etanol: 21,1 km/l<br />
Autonomia média gasolina: 464 km<br />
Autonomia média etanol: 338 km</p>

<p><strong><span style="line-height: 1.6em;">Conclusão</span></strong></p>

<p>A <span style="line-height: 1.6em;">Ténéré 250 precisava de alguns ajustes no projeto e a Yamaha fez quase todos. Além da nova traseira, destaco o novo motor flex, que funciona bem nos dois combustíveis — contrariando os desinformados de plantão —, o novo ajuste da pré-carga do amortecedor traseiro e a nova pinça/pastilha do freio dianteiro como principais novidades, que tornaram o modelo mais versátil, funcional e com maior custo-benefício. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">No fora de estrada, ela tem como diferencial o seu baixo peso e agilidade, quando comparada com as pesadas (e caras) maxitrail. Procurando por uma moto “topa-tudo” de baixo custo? Pense na Ténéré 250, uma boa alternativa!</span></p>

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