Triumph Thruxton, uma clássica ao seu alcance
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Triumph Thruxton, uma clássica ao seu alcance

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  • Publicado: 26/11/2015
  • Por: jmesquita

<p>A Triumph Thruxton não tem controle de tração, não tem opções de mapas de injeção, não tem freio ABS e muito menos suspensões invertidas, repletas de regulagens, porém, ela tem muita personalidade e é uma delícia de pilotar!</p>

<p><img alt="Triumph Thruxton" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_estudio_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Inspirada nas primeiras Café Racer da década de 1960, a Thruxton 900 utiliza a mesma base da Bonneville para se tornar a única autêntica café racer 0 km, original de fábrica. </p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">O motor e o chassi são os mesmos da </span><span style="line-height: 1.6em;">Bonneville</span><span style="line-height: 1.6em;">, mas basta uma voltinha no quarteirão para perceber que a Thruxton </span><span style="line-height: 1.6em;">é mais vigorosa que a sua irmã e nitidamente mais firme e precisa em curvas. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A sensação de maior vigor vem do comando de válvulas alterado e da taxa de compressão ligeiramente aumentada em relação à Bonneville, sendo assim, a fábrica declara 69 cv de potência máxima para a Thruxton em vez dos 68 cv da Bonneville. Não é muito na teoria</span><span style="line-height: 1.6em;">, mas na prática ela se mostra mais rápida nas subidas de giro.</span><span style="line-height: 1.6em;"> </span></p>

<p><img alt="O bicilíndrico em linha tem alterações, para render mais que na Bonneville" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_motor_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>As grandes mudanças são visuais. Em vez do guidão alto e aberto, ela vem com um reto e baixo, que deixa as mãos quase na mesma altura de como seria se fossem semi-guidões instalados nas bengalas.</p>

<p>O painel com dois grandes mostradores redondos tem fundo branco e está instalado mais inclinado e um pouco mais alto que na Bonneville. Há uma pequena carenagem que desvia o vento da parte dianteira do painel e recobre o farol redondo. As pedaleiras estão bem recuadas e deixam suas pernas bem dobradas.</p>

<p><img alt="Capa no final do assento pode ser removido para levar passageiro" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_capa_assento_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Todavia, o que mais caracteriza o estilo Café Racer é o banco reto, com uma capa cobrindo o espaço do garupa, em formato de rabeta redonda, ao melhor estilo de motos de competição da década de 1960. As ponteiras de escapamento também são diferentes. Além de terem outro formato, elas estão mais elevadas com saídas mais altas.</p>

<p>Há ainda pequenos detalhes que as diferenciam, como a ausência de sanfonas nas bengalas, o para-lama dianteiro menor e mais rente ao pneu e, evidentemente, os espelhos cromados instalados nas extremidades do guidão. </p>

<p>Resumidamente, na prática, é como voltar no tempo, mas com as vantagens de pneus mais modernos, freios muito mais eficientes e a queima perfeita do sistema de injeção eletrônica. Falando em passado, a Triumph Thruxton é uma ótima base para customizações — assim como a Bonneville.</p>

<p><img alt="A Thruxton tem posição de pilotagem mais esportiva, com as pedaleiras recuadas e o corpo do piloto mais inclinado" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_10_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Aliás, como o sistema de injeção fica bem aparente, a fábrica se preocupou em deixá-lo com visual de carburador. Tem até botão de afogador, mas na verdade é um moderno e eficiente sistema Keihin multiponto sequencial. <span style="line-height: 1.6em;">Ela é baixinha, e o guidão também é, assim,  as costas do piloto ficam ligeiramente curvadas à frente.</span></p>

<p>Os motociclistas mais altos vão estranhar ter que dobrar muito as pernas para colocar os pés nas pedaleiras, pois chega a ser um pouco desconfortável em baixas velocidades, mas uma delícia quando estamos viajando, principalmente se a estrada contar com muitas curvas. </p>

<p>A resposta do acelerador é uma delícia. Nada melhor que cabos para nos passar aquela impressão que tudo depende somente de nós mesmos. A Thruxton traz a essência das primeiras motos esportivas, não apenas no visual, mas também na pilotagem e na mecânica. </p>

<p><img alt="Setas e farol redondo, com carenagens estilizada na cor do tanque" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_farol_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Todavia, se compararmos os sistemas de freios e os pneus de hoje em dia com os de 50 anos atrás, perceberemos uma gigantesca diferença.</p>

<p>A Thruxton tem um poder de frenagem excelente. Um dedo apenas no manete é mais do que suficiente. A bomba de grande capacidade e o discão flutuante de 320 mm não vacilam no momento de ‘morder’ o disco, quando solicitado.</p>

<p><img alt="Freio dianteiro da Thruxton, sem ABS, mas com bom poder de frenagem" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_freio_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Obviamente, que os Metzeler ME Z2 também trabalham para essa sensação de segurança. É curioso notar uma moto de quase 900 cm³ com um pneu 130 mm na traseira, mas eles também completam o visual e não deixam a desejar na prática. Por ser estreito, é também um grande responsável pela leveza nas mudanças de direção.</p>

<p>O tanque de combustível tem capacidade para 16 litros, e isso representa, na cidade, uma autonomia de pouco mais de 250 km. Em velocidade constante em quinta marcha (a Thruxton não tem sexta), ela pode fazer até 20 km/l.</p>

<p><img alt="Não se trata apenas de estilo, a moto é acessível, estável e eficiente" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_05_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>A suspensão dianteria não conta com regulagens, é muito macia na cidade e não apresentou problemas quando exigida nas curvas mais rápidas. Na traseira, há dois robustos amortecedores que podem ser regulados na pré-carga da mola. São iguais os da Bonneville T100.</p>

<p>A única ressalva quando a utilizamos na cidade fica por conta do pouco ângulo de esterço e dos espelhos. Além de comprometerem a largura total da moto, ainda estão exatamente na mesma altura da maioria dos carros. Alguns saudosistas gostam de invertê-los para baixo, resolve o problema de largura, mas não o de visão.</p>

<p><img alt="O painel tem visual clássico. Dois mostradores redondos com fundo branco" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_painel_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>A Thruxton custa R$ 33 490 (11/2015). Vale muito pela exclusividade. No exterior foi apresentada uma nova geração da Thruxton, em duas versões, com visual menos clássico, porém, bem atrativo e com muitas melhorias, principalmente na eletrônica embarcada, sem previsão de quando chega no Brasil.</p>

<p><strong>No dinamômetro</strong></p>

<p><img alt="Gráfico da avaliação da Thruxton no dinamômetro" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_triumph_thruxton_900_2015_dina_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Potência máxima: 59 cv a 7 290 rpm<br />
Torque máximo: 6,15 kgf.m a 5 820 rpm<br />
O resultado da avaliação de desempenho pode parecer pequeno para um motor de 900 cm³, mas na prática é mais do que suficiente para lhe garantir muita diversão.</p>

<p><strong>Conclusão</strong></p>

<p>Definitivamente, é uma moto muito gostosa. Um pouco pesada para manobrar na garagem e com pouco ângulo de esterço, mas em movimento oferece uma ciclística invejável até para muitas motos de projeto mais moderno.</p>

<p>Se este motor sempre foi gostoso, pouco vibrante e vigoroso quando era alimentado por carburadores, imagine agora que recebeu uma injeção eletrônica multiponto muito bem acertada? De fato ela não tem o mesmo conforto da Bonneville, mas, no momento de frear e atacar curvas, ela é muito mais divertida.</p>

<p>Não é apenas uma bela moto, ela funciona muito bem!</p>

<p><strong><span style="line-height: 1.6em;">Leia também:</span></strong></p>

<p>Saiba quanto custam as motos Triumph no Brasil: <a href="http://goo.gl/hUzN06"><span style="color:#FF0000;">goo.gl/hUzN06</span></a></p>

<p>Triumph revela linha Bonneville 2016: <a href="http://goo.gl/iJinr4"><span style="color:#FF0000;">goo.gl/iJinr4</span></a></p>

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