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Testes

Honda Elite 125: eficiência máxima em mobilidade

6 Minutos de leitura

  • Publicado: 21/10/2020
  • Por: Alexandre Nogueira

Já havíamos testado o novo Honda Elite 125, o mais novo produto de entrada da fabricante japonesa para o segmento dos pequenos scooter. Mas o teste foi um pequeno passeio na cidade litorânea de Santos, em São Paulo, para que tivéssemos as primeiras impressões da motoneta. Desta vez fiquei durante uma semana com um Elite 125 e fiz um teste mais radical, dentro da cidade e também nas rodovias, para saber se o novo pequenino da Honda tem um bom desempenho.

E ele agradou bastante principalmente nos quesitos conforto e agilidade, mostrou-se bem equilibrado estruturalmente e muito bem acertado mecanicamente, apesar da simplicidade do projeto.

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O motor é totalmente novo, um monocilindro com refrigeração forçada a ar, comando de válvulas único para acionar duas válvulas no cabeçote e sistema de injeção eletrônica com o bico injetor bem próximo à válvula de admissão. O motor rende 9,34 cv de potência em 7.500 rpm e entrega um torque de 1,05 kgf.m em 6.000 rpm com 80% disponíveis já nas 3.000 rpm. Graças ao sistema de injeção eletrônica avançado as respostas do motor são precisas e imediatas e seja nas arrancadas do semáforo ou nas ultrapassagens, o Honda Elite 125 dispara rapidinho até alcançar a velocidade máxima controlada eletronicamente em 100 km/h.

Aparência compacta engana pelo bom espaço para pilotar (Renato Durães)

O câmbio CVT de relações variáveis continuamente chamado de V-Matic atua perfeitamente e mantém o motor sempre na melhor faixa de entrega de torque, deixando o Elite sempre esperto e atento nas respostas. O consumo é destaque, com médias de até 50 km/l de gasolina quando se anda tranquilo e dentro da lei dos radares da cidade. Na estrada com o acelerador aberto para rodar a 95 km/h o consumo fica em 30 km/l. Encarando a subida da serra na Rodovia dos Imigrantes em São Paulo, o valente Elite 125 manteve a velocidade de 75 km/h e me deixou impressionado ao acompanhar o fluxo do trânsito com naturalidade, como um pequenino em meio aos gigantes. O pequeno tanque de combustível de apenas 6,4 l permite uma autonomia de até 300 km na cidade.

O chassi do tipo monobloco em tubos de aço foi desenvolvido para aliar desempenho e conforto. Uma dupla trave na parte de baixo reforça a estrutura e permite o uso de um canote menor para a caixa de direção. Isso torna o Elite 125 ágil e arisco nas manobras e com maior estabilidade nas curvas de alta velocidade. O guidão é firme e não balança para frente e para trás como os demais scooter pequenos, exatamente por conta da dupla trave inferior. O tanque de combustível foi deslocado para o assoalho, otimizando também a centralização das massas e baixando o centro de gravidade. Isso colaborou para um espaço maior sob o assento que torna possível guardar um capacete fechado e este é um importante diferencial porque a maioria dos scooter você só guarda um capacete aberto tipo Jet.

As suspensões são convencionais com um garfo telescópico hidráulico na dianteira e um único amortecedor na traseira. As suspensões de pouco curso não tem progressividade para enfrentar pisos irregulares, mas no bom asfalto o desempenho é satisfatório, sem balanços e com uma sensação de conforto acima da média para a categoria. Na dianteira os 90 mm de curso deram conta do recado e a traseira com 70 mm também se mostrou eficiente sem alcançar o fim de curso.

Suspensão traseira é monoamortecida (Renato Durães)

Surpreendente a desenvoltura do Elite 125 num trecho de serra bem sinuoso com subidas e descidas íngremes onde a estabilidade e precisão da tocada foram marcantes. Os pneus de perfil esportivo colaboram demais para o bom desempenho em curvas aumentando a segurança e a confiança do piloto com a máquina. A roda dianteira de doze polegadas encara melhor as imperfeições do asfalto e uma roda traseira de dez polegadas garante tração e desempenho de acordo com o porte da máquina.

Escape cobre a roda de liga (Renato Durães)

O sistema de freios conta com um disco dianteiro e tambor traseiro unificados pelo sistema CBS de Combined Brake System com a alavanca do freio traseiro atuando em menor proporção também no freio dianteiro, proporcionando freadas muito fortes e seguras para o pequeno Elite 125 de 111 kg totalmente abastecido.

Freio dianteiro a disco. Elite dispõe somente de sistema CBS (Renato Durães)

A ergonomia é bem acertada e confortável, o assento é amplo e longo o que permite que os mais altos se encontrem no cockpit, mas pilotos com mais de 1,80 m podem achar o pequeno Elite 125 um brinquedo. Seu assoalho plano tem como diferencial frente ao irmão SH 150i um apoio frontal para os pés que permite apoiá-los mais à frente ampliando o conforto dos pilotos mais altos, como no meu caso com 1,80 m. Há pequenas pedaleiras embutidas nas carenagens laterais feitas exclusivamente para a garupa.

O Honda Elite 125 é um produto de entrada de dispõem de itens sofisticados com o design de linhas modernas e esportivas e excelente acabamento. A iluminação principal é Full Led com luzes de posição diurna e um farol com duas lâmpadas para o baixo e duas lâmpadas para o alto. A lanterna traseira e as setas são convencionais. As carenagens tem encaixes perfeitos e sem parafusos à mostra, com acabamento caprichado e acima da média para o segmento. Muito práticos e úteis são o gancho para levar sacolas no escudo frontal e o cavalete central que facilita a vida na hora das lavagens ou da manutenção.

Mesmo para quem mede 1,8 metro há bom espaço para as pernas (Renato Durães)

O painel é simples e totalmente digital, com uma escala em barras que vai subindo conforme o Elite 125 vai ganhando velocidade. O velocímetro é bem destacado, marcador de combustível, hodômetro e relógio são as informações de bordo.

Painel digital tipo blackout (Renato Durães)

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O visual é bem radical com linhas pontiagudas, agressivas e marcantes, chamando a atenção por onde passa com sua personalidade esportiva. O fator mais interessante é a facilidade de condução com conforto e extrema economia de combustível.

O Honda Elite 125 agradou bastante e provou ser valente e apto para encarar o trânsito cruel. Apesar do pequeno porte ele enfrenta com maestria todas as dificuldades da cidade proporcionando confiança e segurança aos menos experientes, bem como desempenho satisfatório para os conhecedores de motocicletas que procuram um veículo exclusivamente para mobilidade.

A Honda está com propostas de consórcio e financiamento arrasadoras, onde o principal argumento é que com a despesa mensal de ônibus um cidadão consegue pagar a parcela do Elite 125, e ainda sobra um dinheiro para o abastecimento. As cores vermelha e azul são perolizadas e as cores branca e preta são sólidas, todas ao preço de R$ 9.190 (valor sem frete), com garantia de três anos sem limite de quilometragem e sete trocas de óleo gratuitas.

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