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A central eletrônica da sua moto (ECU) pode ser um dedo-duro

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  • Publicado: 24/04/2022
  • Por: Ismael Baubeta

Se você acha ruim ser vigiado pelos radares e as câmeras de trânsito, que estão de prontidão em quase todas as esquinas, para registrar os deslizes no tráfego e assim emitir uma autuação com qualquer infração, não se espante; a central eletrônica (ECU) de sua moto também o faz.

A realidade é que o monitoramento serve em nome da segurança, já que a existência destes sistemas inibe motoristas e motociclistas de realizar infrações no trânsito, diminuindo a quantidade de acidentes. Nas motos pode ser uma prova de mau uso.

RADAR
Entre as funções dos radares, medir a velocidade talvez seja a que mais incomoda os motoristas. (Foto: Prefeitura de Atibaia)

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Central eletrônica dedo-duro?

As motos e os carros mais tecnológicos utilizam suas centrais eletrônicas (ECU) e as unidades de medição inercial (IMU) para fazer funcionar todos os componentes do veículo e manter tudo em perfeita sintonia. A ECU e a IMU também monitoram o funcionamento e registram tudo o que acontece com a moto.

A ECU também é capaz de detectar falhas e localizar as causas do mau funcionamento de algum componente, mas o que pouca gente sabe é que as centrais eletrônicas também guardam o histórico de funcionamento de tudo o que está sob seu comando.

Central eletrônica
Cada vez mais completas e complexas as ECU, também gravam tudo que ocorre no veículo. (Foto: Bosch)

Essa é uma forma das fábricas saberem se houve mau uso e assim conceder, ou não, o pedido de garantia sobre algum componente. A BMW, por exemplo, pode acessar a ECU de suas motos de forma remota e analisar tudo o que aconteceu com determinada motocicleta.

Central eletrônica
A BMW pode acessar os dados da ECU remotamente através de sistema próprio. (Foto: Divulgação)

Um bom exemplo é o que alguns proprietários adoram fazer, manter o motor em giro máximo até o corte, fazendo aquele “rá tá tá tá” para chamar a atenção. Se o motor resolver estourar, as provas irão contra qualquer argumento do proprietário.

Se a BMW pode acessar os dados da ECU remotamente através de seu sistema dedicado, a Honda pode fazê-lo através de scanner acoplado à ECU. A diferença é que a marca da asa precisa da moto in loco para fazer a leitura do que está havendo com a moto.

Central eletrônica
A Honda precisa da moto in loco para acessar as informações da ECU através de um scanner. (Foto: Honda)

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Se há controvérsia com os dispositivos de vigilância no trânsito, tendo quem é a favor e quem acha que não é necessário, esse tipo de “espionagem” nas motos é ferramenta indispensável para as fábricas poderem rastrear defeitos e, caso seja necessário, concluir os processos de garantia de forma objetiva e justa.

Uma coisa é certa, esse tipo de controle é benéfico também para o motociclista que quer comprar uma motocicleta com boa procedência e bem cuidada. Quem não deve gostar dessa tecnologia são aqueles que fazem mau uso das motos, os cupins de aço, não é?

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