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Cada vez mais mulheres assumem o comando em duas rodas!

4 Minutos de leitura

  • Publicado: 29/03/2022
  • Por: Elas Pilotam

Entre 2012 e 2020 o número de mulheres habilitadas para motocicleta aumentou em mais de 70%

Se você é daqueles que pensam que moto é coisa de homem, está na hora de rever seus conceitos. Cada vez mais, as mulheres assumem a pilotagem em duas rodas e, com isso, vêm se tornando personagens ativas dentro desse mercado. 

Para se ter uma ideia, os dados mais recentes divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) em 2021, apontaram que no período entre 2012 e 2020 a quantidade de mulheres com habilitação na categoria A subiu em mais de 70%. Enquanto o crescimento entre o público masculino foi de 30.1%. 

Entre as mulheres, a procura pelo veículo de duas rodas vem por fatores variados, indo desde a liberdade trazida por um meio de transporte que é seu, até a vontade de investir em um veículo para os momentos de lazer. Além disso, com a pandemia e a crise trabalhista, muita mulher investiu em uma moto para entrar no mercado de trabalho no setor de delivery. 

Ver uma mulher pilotando ainda chama atenção e atrai olhares que podem ser carregados de preconceito. Não é difícil encontrar histórias sobre comentários descabidos, questionamentos desnecessários, ou mesmo um vendedor tentando convencer a compradora de levar a “moto menor”. 

Foi o que aconteceu com a Silvia Silva: “Eu fui até a loja em busca de uma moto de alta cilindrada, mas o vendedor insistia que eu deveria procurar uma scooter. Foi muito chato”, contou ela. A Silvia foi brava o suficiente, deu um chega pra lá na opinião alheia, e hoje roda com uma Indian Scout belíssima. 

Scooter? Não, obrigada! A motociclista Silvia Silva posa com sua imponente Indian Scout (Foto: Acervo Pessoal)

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Entretanto, já tem muita marca de olho nessa fatia. Em 2020, por exemplo, a Triumph do Brasil, lançou o projeto Women for the Ride (WFTR), com o objetivo de criar uma série de eventos e experiências focadas nesse público. Em quase dois anos do WFTR, a marca promoveu encontros, passeios especiais, e até turmas exclusivas de mulheres em seus treinamentos para aprimoramento de pilotagem chamados TRX.

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E não são só as montadoras, empresas e marcas de equipamentos e vestuário também estão atentas ao crescimento das mulheres em duas rodas e passaram a oferecer produtos específicos às suas necessidades, como roupas e acessórios que respeitam o corpo da mulher oferecendo segurança, conforto e estilo.

Bruna Wladyka, fundadora do movimento #ElasPilotam e empresária no setor duas rodas, é enfática ao destacar o poder da mulher motociclista como consumidora do estilo de vida duas rodas: “As marcas precisam parar de olhar para a mulher como coadjuvante aqui. Nós temos poder de compra, e gostamos de investir em nossas motos e no nosso estilo pessoal. Mesmo as mulheres que são garupa têm poder de decisão na hora de fechar um negócio”, ressalta ela. 

Fato é: os números não negam. Demograficamente ainda são mais homens pilotando, porém ao analisarmos a proporção do crescimento entre as mulheres habilitadas e colocarmos junto delas aquelas que são garupas percebemos que o equilíbrio está próximo, o que nos enche de esperança de vermos mais mulheres assumindo o guidão. 

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