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Girls Rock Camp Brasil: 10 anos de luta, transformação, empoderamento e diversidade

4 Minutos de leitura

  • Publicado: 20/01/2022
  • Por: Elas Pilotam

Um projeto necessário para a formação social, cultural e plural entre as pessoas que acreditam na transformação de uma sociedade quadrada e limitada.

O movimento Elas Pilotam começou o ano de 2022 estabelecendo novas diretrizes de atuação, focando nos pilares: educação, transformação e comportamento. A ideia é ampliar o campo de atuação do movimento, abrindo novas chances de atuar dentro do slogan “Pilote sua Vida” em outros setores que, assim como o motociclismo, ainda são de predominância masculina. 

E, já neste janeiro de 2022, veio a primeira oportunidade com a entrada do Elas Pilotam no time de parceiros e voluntários do Girls Rock Camp Brasil, um acampamento de férias, que acontece na cidade de Sorocaba / SP, cujo tema principal é a música. Em sua 10ª edição, o evento foi criado para atender crianças e adolescentes com idades de 7 a 17 anos, e tem como objetivo criar um espaço dedicado ao empoderamento e protagonismo delas, por meio da música, da arte e do pensamento crítico. 

Girls Rock Camp Brasil: 10 anos de luta,  transformação, empoderamento e diversidade
Girls Camp Rock Brasil 2022 (Foto: Instagram @girlscamprockbrasil)

Música & Moto, a combinação perfeita!

Um passeio de moto com a trilha sonora perfeita é uma ótima combinação. A música expressa muitos sentimentos e nos transporta para outros lugares, assim como a motocicleta que nos leva para onde quisermos, e nos proporciona a sensação de liberdade. 

Bruna Wladyka, fundadora do Elas Pilotam, explica que: ”para o nosso movimento faz todo sentido nos envolvermos com um projeto como esse. É uma iniciativa que olha para o futuro, que busca transformar e compartilhar conhecimento para a nova geração, traz ao mundo um olhar social, cultural e político que deve ser falado e escutado.  É um projeto amplo, intenso, rico e emocionante, assim como enxergamos o Elas Pilotam e tudo o que pretendemos fazer daqui pra frente.”

O Girls Rock Camp acontece ao longo de uma semana, contando com dois dias de treinamento para as voluntárias, seis dias nos quais as campistas aprendem por meio de oficinas e atividades desde tocar um instrumento, e técnicas de composição, até a parte administrativa de formar uma banda, ferramentas de divulgação, e o grande final: a produção e apresentação de um show. 

Além de muita música, o Rock Camp também oferece oficinas de Auto Defesa, Tecnologia, Serigrafia, Fanzine, História das mulheres na música, Ancestralidade e Resistência, Imagem e Identidade, Palco e Performance, Yoga entre outras experiências muito enriquecedoras para uma formação plural.

A idealizadora desse projeto é Flávia Biggs compositora, produtora cultural, socióloga, educadora, militante feminista e palestrante em questões de gênero e educação, movimentos sociais e mulheres na música. 

Girls Rock Camp Brasil: 10 anos de luta,  transformação, empoderamento e diversidade
Flavia Biggs, idealizadora do Girls Rock Camp Brasil (Acervo Pessoal)

Para Flávia, “na luta pelos desafios que englobam o feminismo não existem respostas prontas, acabadas. Estas se constroem na reflexão e na prática do movimento vivo, cujos rumos se orientam a partir da experiência coletiva que se acumula a cada momento”.

Para nós, do Elas Pilotam, a música ocupa um espaço enorme em nossas vidas. Nos acompanha durante as etapas dessa jornada e faz a trilha sonora de muitos momentos. Os valores alcançados através de projetos como o Girls Rock Camp Brasil coexistem na mesma importância que temos quando uma mulher pilota sua vida. Seja fazendo muito barulho acelerando nas estradas ou tocando o tipo de música que quiser!

Todo o projeto é feito de forma colaborativa e coletiva, resgatando o verdadeiro significado de sororidade. A energia entre as voluntárias é contagiante, a amizade é levada para a vida e o sentimento de querer voltar nas futuras edições é unânime.

Para Amanda Buttler, artista, musicista e performer que participa do projeto desde 2018, o Camp é transformador. Nesta edição, atuando como produtora musical e mestre de cerimônia, conta que através do projeto ela e outras voluntárias já criaram uma banda do zero para fazer uma viagem até a Argentina e, até hoje fica emocionada, vendo essas crianças tendo essa oportunidade de conexão e amizade.  ”Imagina se isso existisse na nossa época?! Isso muda a nossa cabeça, nosso espírito de coletivo, de oportunidades e de liberdade“, completa.

Girls Rock Camp Brasil: 10 anos de luta,  transformação, empoderamento e diversidade
Amanda Buttler: ligada ao projeto desde 2018 (Foto: Girls Rock Camp Brasil)

NOTA: Em 2022 as atividades voltaram a acontecer presencialmente de 17/01 a 22/01 com vagas limitadas devido ao avanço consistente da vacinação na população, de maneira mais segura e seguindo os protocolos sanitários. Não deixe de acompanhar nas redes sociais do @girlsrockcampbrasil e @elaspilotam.

Quer fazer parte disso tudo no ano que vem? Você pode! Acompanhe o @girlsrockcampbrasil pra ser uma das voluntárias no ano que vem presencialmente, mas enquanto isso não acontece você também pode ajudar de forma digital – entre no site e saiba mais [https://www.catarse.me/campbr]. Ajude o Instituto Cultural Girls Rock Camp Brasil para “plantarmos mais sementes de revolução na vida de meninas, mulheres e dissidências!”.

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