Testamos a nova Kawasaki Z900RS
Testes

Kawasaki Z900RS: estilo retrô japonês

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 06/11/2021
  • Atualizado: 10/11/2021 às 11:41
  • Por: Redação

A Kawasaki Z900RS tem visual retrô, pode parecer até um pouco pacata, mas não se engane: seu desempenho é digno das melhores nakeds da atualidade. A onda das motos retrô parece que veio mesmo para ficar, pois caiu no gosto dos motociclistas mundo afora. Esse tipo de motocicleta une a simplicidade do conjunto mecânico ao mais puro estilo de época, quando as motos tinham linhas arredondadas, mais sensuais, e eram bem despojadas de acessórios espalhafatosos.

A Kawasaki Z900RS é a concepção de uma das mais tradicionais fabricantes de motos japonesa, concebida com uma certa carinha de comportada, mas dotada de equipamentos de alta performance, em um conjunto simples e fácil de pilotar, motor liso e pronto para passear ou para acelerar forte com muito conforto, oferecendo muito prazer. Esse é o pacote da Kawasaki Z900RS, que tem preço sugerido de R$ 59.590.

A máquina tem um chassi ligeiramente distinto do da Z900 moderna, para comportar o tanque de combustível retrô, o banco reto e toda a parte traseira. A distância entre eixos também é levemente maior, mas não afeta em nada na condução.

Bela pegada

O motor de quatro cilindros em linha de 948 cm3 foi retrabalhado para otimizar a entrega de torque em rotações mais baixas, e a taxa de compressão foi reduzida de 11.8:1 para 10.8:1 para amansar as suas reações ao giro do acelerador. Os dutos do cabeçote também foram reduzidos, e o volante do virabrequim é 12% mais pesado, soluções que contribuíram para o aumento de força abaixo das 7.000 rpm.

Esse “motorzão” rende 109 cv a 8.500 rpm de potência máxima e 9,7 kgf.m em 6.500 rpm de torque. É um motor quatro cilindros ímpar, porque normalmente eles entregam o torque máximo acima das 8.000 rpm. Por isso você arranca com a Z900RS, troca as marchas rapidinho até engatar a sexta e última marcha e não precisa mais fazer nenhuma troca. Dá para rodar na cidade a 60 km/h numa boa, sem solavanco na relação.

O escapamento também é mais estreito para comprimir o motor e contribuir para melhorar o torque em baixa. Interessante é que os dutos de escapamento são duplos, com um cano dentro do outro para evitar que fiquem manchados com o uso. O ronco é simplesmente adorável!

Muita tecnologia na Kawasaki Z900RS

A Z900RS vem equipada com dois modos de pilotagem: o Road, para melhor desempenho na tocada esportiva, e o Rain, para maior tranquilidade e segurança nos dias de chuva, sempre assistidos pelo KTRC, o controle de tração Kawasaki.

Ao exclusivo chassi de treliça de aço foram acopladas suspensões de alta performance multiajustáveis. Na dianteira, os garfos telescópicos invertidos de 41 mm têm ajuste de pré-carga da mola, dez ajustes de compressão e doze de retorno hidráulicos. Já na traseira, o monoamortecedor é ligado à balança de alumínio por links e tem regulagem na pré-carga da mola e no retorno. Ajustes que possibilitam ao piloto chegar ao acerto adequado e personalizado das suspensões para tirar o máximo proveito do conjunto.

Na pilotagem

A Z900RS é muito estável e vai grudada ao chão, permitindo inclinações insanas, capaz de riscar o asfalto com as pedaleiras ao contornar as curvas, sempre seguindo a trajetória escolhida com precisão, sem querer escapar.

O guidão é bem largo e garante leveza nas manobras e no esterço em baixa velocidade. A leveza e rapidez da direção durante o trânsito de São Paulo impressionaram. Em alta velocidade, ela se mantém firme sem aquelas chacoalhadas típicas quando se abre todo o acelerador, e a traseira afunda deixando a frente mais leve.

Segurança é o que não falta na Kawasaki Z900RS

Os freios são surpreendentemente eficazes e garantem frenagens fortes. Os dois discos de 300 mm da dianteira são mordidos por pinças radiais monobloco de quatro pistões, e na traseira o disco simples com pinça de dois pistões contribui na estabilidade. O sistema tem excelente tato, mas, para o uso mais intenso e esportivo uma mangueira do tipo aeroquipe seria bem-vinda para melhorar ainda mais sua progressividade.

Pudemos testar os freios com frenagens fortes em alta velocidade, e a Z900RS se manteve no trilho, com competência, parando em espaço bem reduzido, sem intervenção exagerada do ABS. No piso molhado o ABS funcionou satisfatoriamente, quase sem trepidações nas alavancas.

Não perca a edição 286 da revista MOTOCICLISMO, onde você pode conferir a avaliação completa da nova Kawasaki Z900RS. Garanta já o seu exemplar físico ou digital e boa leitura!

  • Testamos a nova Kawasaki Z900RS

Acompanhe a MOTOCICLISMO também pelas mídias sociais!
– Instagram – Facebook – YouTube – Twitter

Deixe seu Comentário

Conteúdo Recomendado