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Dafra Apache RTR 200 é valente como o próprio nome

4 Minutos de leitura

  • Publicado: 12/09/2020
  • Por: Alexandre Nogueira

A Dafra Apache RTR 200 encanta logo ao primeiro contato graças ao seu design esportivo e agressivo – com direito a banco em dois níveis e spoiler no motor, e já foi sensação no Salão Duas Rodas de 2017. E ela traz muitas qualidades e virtudes para combater a concorrência da categoria mais disputada pelas grandes montadoras, pois é onde se concentra o maior volume de vendas.

Texto: Alexandre Nogueira
Fotos:
Renato Durães

Montada pela Dafra, a Apache RTR 200 é fruto da parceria com a TVS Motor Company, terceiro maior fabricante de motos da Índia, que começou em 2009 com o lançamento da Apache RTR 150.

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A sigla RTR no nome significa Racing Throttle Response ou aceleração com respostas de corridas, numa tradução ao pé da letra, indicando o caráter esportivo da pequena Apache 200, que em relação à geração anterior sofreu uma completa reformulação, muito além do design e trata-se de uma nova motocicleta. A Dafra Apache RTR 200 está disponível nas cores preta ou vermelha com preço de R$ 13.490 mais o frete conforme o estado.

A Dafra Apache RTR 200 ganhou um novo motor monocilíndrico, com 197.75 cm³, quatro válvulas, injeção eletrônica e arrefecimento a ar e óleo, capaz de entregar 21,02 cv de potência a 8.500 rpm e 1,85 kgf.m de torque a 6.500 rpm,  e conta com embreagem deslizante Slippery Clutch, para evitar travamento da roda traseira em reduções de marcha mais bruscas, e freios FH-CBS, o freio combinado que aciona também o freio dianteiro ao pisar no pedal do freio traseiro, mas o freio dianteiro continua independente.

O bravo motor monocilíndrico acelera de forma linear, sem falhas ou buracos e com desempenho bem satisfatório e suficiente para rodar a 60 km/h em quinta e última marcha sem engasgos e com economia de combustível, e também manter velocidade de cruzeiro em 110 km/h numa boa. O motor ronca forte e produz um ronco incomum, grave, encorpado, casado com um bonito escapamento com ponteira dupla que reforça a esportividade dessa guerreira indiana.

Legal que você estica as marchas até as altas rotações e o motor urra e empurra com vigor, entusiasmando e divertindo a tocada, sem passar vibrações excessivas. O câmbio de cinco marchas tem engates macios e escalonamento longo, especialmente a partir da terceira, para aproveitar ao máximo toda a faixa de alto torque.

Rodando com a nova Apache 200

Na cidade ela é bastante ágil e fácil de pilotar, com uma posição levemente inclinada e com as pedaleiras recuadas, porém conforto não é sua principal qualidade, para uso intenso no cenário urbano essa posição mais esportiva chega a cansar e o assento não é dos mais macios.

Na estrada o motor se sai bem, respondendo bem nas ultrapassagens e mantendo velocidade de cruzeiro sem vacilos e perdas drásticas em pequenas elevações. Nem a presença da garupa atrapalhou e ela seguiu firme e estável no desempenho. O consumo na cidade fica na casa dos 36 km/litro, com a pior marca em 31 km/litro, enquanto a melhor ficou nos 38 km/litro, sempre com gasolina.

Pontos positivos

O painel é completo e totalmente digital e possui hodômetro total e parciais, indicador de marchas, relógio, marcador de combustível, contador de volta mais rápida, além de deixar registrada a máxima velocidade atingida. Há também uma shift light que acende a 7.000 rpm indicando o momento de trocar a marcha.

O sistema de freios combinados FH-CBS direciona parte da frenagem à roda dianteira quando acionamos apenas o pedal do freio, conta com pinça de duplo pistão com disco de 270 mm na frente e pinça de pistão único com disco de 240 mm atrás.

Na lista de equipamentos diferenciados, o funcional cavalete central e as luzes de posição e lanterna em LED, mas pecaminosamente falta um sensor de partida no descanso lateral, ou seja, mesmo com o descanso acionado a partida pode ser acionada.

A Dafra Apache RTR 200 atende muito bem a proposta de ser uma moto urbana com leve pegada esportiva e sofisticação. Tanto o visual  quanto o motor com seu ronco e sua pegada vigorosa reforçam isso. Ela vai bem no trânsito caótico sozinho ou com garupa e se apresenta bem também naquele evento garboso e cheio de estilo. E o preço, coloca em xeque mate as motos japonesas que brigam na mesma categoria. A Dafra Apache RTR 200 tem algo mais a oferecer com um custo menor. Curioso o fato de não haver nenhum adesivo com o nome da Dafra.

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